sexta-feira, 13 de março de 2009

Untitled IV

As lagrimas escorrem
Amargamente
Anseiam encontrar a liberdade perdida
Num triste crepúsculo, sem fim.

As frias gotas
Congelam-me a alma.
Sinto o furor de minha ira
Sair de mim, sem controle.

Versos mudos,
Que contam aquilo
Que desejo guardar.

Desejos confusos,
Imensurável dor,
Penetrando minhas entranhas.

Ser-me-ia possível suportar
Tal peso, desconforto e dor?
Sinto-me desvairar.

Aqueles que me olham,
Não me veem.
E os que me veem,
Não desejam me olhar.

A chuva cai,
Docemente.
Misturando-se as lágrimas de meus olhos.

Meus olhos buscam
Na escuridão incerta,
Certeza infinita.

Minhas angústias
Consomem meus últimos
E mais sombrios suspiros.

A saga de uma longa
E bela jornada chega ao fim.
Assim como nos teatros.
As cortinas fecham, enfim.

Selando aquilo que
Não se pode revelar.
Sonhos perdidos que
Retornam ao lar.

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