sábado, 26 de setembro de 2009

olhos verdes;

"O que fazer quando a razão dá espaço aos sentimentos? Quando as promessas feitas no silêncio são mais válidas que as petições outorgadas? Os lábios gritam para o vazio o nome tão falado e os ouvidos clamam pela voz suave? O que fazer quando a linha tênue entre a normalidade e o frenesi é rompida? Não sei, não sei...

Tudo deixa de fazer sentido; em cima é embaixo, direita se faz esquerda; o ódio se faz amor e a rotina pede mudanças. Então, drasticamente, você se vê nesse mundo louco, insano. O perdão é encontrado nos lábios que pecam e os olhos mentem sobre a alma. As consequências aparecem antes que as decisões sejam tomadas.

O castelo das certezas rui, desmorona... "It was..." Era, não é mais; mudanças de hábito, troca de gostos e desejos, sonhos corrompidos. No entanto, você nunca se sentira tão bem quanto nessa época de sua vida. Apesar de diferentes, as coisas atiçam, aguçam os sentidos; não há nada a se perder e tem-se tudo a ganhar.

Esquecendo tudo que já conhecemos e vimos, mergulhamos de cabeça nessa insanidade à procura de nosso "final feliz"; o meu já encontrei - no fundo de um par de olhos verdes.

sábado, 19 de setembro de 2009

Untitled X

Das garras negras,
O sangue escorria - ainda quente.
Os lábios, outrora, rosados
Jaziam gelados sob as lápides.

As asas curvas,
em forma de foice,
Ceifando a força daqueles que vivem.

Um grito desesperado,
Haveriam de perceber?
A morte estava próxima...
O qe fazer? O que fazer?

O inimigo devia ser destruído
Ele - tal qual minha semelhança -
Traria a desgraça, a dor e a desesperança.

Onde, antes, não havia guerra,
Agora amontoava corpos.
Até que o herdeiro cruel
Seja destronado.
"Não cesse... Não cesse..."