sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ultrarromantismo

- Não vês tu que é tudo fruto de vossa ganância insaciável? Vede, o vinho já está consumado, tal qual o fogo da vida que queima com o furor e a ferocidade de mil sóis, destruindo todos que estão à sua volta.



-Oh! Quão voluptuosos desejos carnais saltam de vossos lábios carnudos. Com tanta ânsia aguardei por tua presença; Sabeis o que é morrer de inanição? Não, pois lo explico – meu corpo era alimentado e saciado a todos os momentos, mas minh’alma clamava por ser saciada e alimentada. E somente tu, meu Romeu, poderia fazê-lo.



Tomando-a nos braços, fê-la mulher, tal qual nunca fora antes. E o rubor tomou conta daqueles seres intrínsecos. Duas almas, um só corpo – que buscavam, tão-somente, o gozo fervoroso. Alcançar o êxtase de vidas passadas e futuras; por toda a monotonia que ainda havia de passar por tais corpos.

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