sábado, 25 de julho de 2009

- ela

estava sentada no beiral da janela; acima de sua cabeça, as estrelas no firmamento, a lua cheia cheia sob as fofas nuvens no céu negro da noite. A brisa batia em seu rosto de forma suave, o vestido bailava som o vento; os cabelos longos, soltos, brincando de pegar as folhas trazidas pela lufada quente de ar.

Deixando-se levar pelo ritmo carinhoso do sopro de ar, começou a dançar - deixando a lua ser sua única telespxtadora. Ela se sentia livre, como jamais estivera em sua vida, sentia como se pudesse tocar o céu - por isso, esticou-se ao máximo, desejando roubar uma estrela e guardá-la consigo.

Ela estava feliz, em êxtase e em total e completa sintonia com o Universo. E aquela menina-mulher era eu. Ela é meu passado, presente e futuro. A encarnação perfeita da deusa que existe em cada espírito de luz.

E girando com a órbita da Terra, encontrei aquilo que passei a eternidade procurando: a paz verdadeira. Aquela que vem do momento hedonista, da caleidoscopia dos nossos desejos, da luxúria de nossos sonhos. Vem de dentro de nós...

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