Quase seis horas da atrde, nada pra se fazer. Ela estava sentada no chão, as pessoas passavam por ela, como se ela nem estivesse ali; como se fosse parte da "paisagem".
Estava frio e escurecendo, pequenas gotas de chuva começavam a se formar nas nuvens, e ela ainda estava ali. Ninguém a podia - ou queria - enxergar. Era invisível, intocável e irrelevante... apenas mais uma pessoa na multidão.
A chuva caía pesada agora, as horas passavam ainda masi devagar aqgora que a rua estava vazia - e ela continuava lá, sem se mover, como se a chuva sequer a incomodasse.
Então, um senhor extremamente bondoso se aproximou dela, pra ver se estava tudo bem - já era meia-noite e uma moçacomo ela não podia ficar na rua até tão tarde; porém, quando ele a tocou, a delicada pele de marfim estava gélida, os lábios roxos e não havia respiração. Ela estava morta, sabe lá Deus há quantas horas; e ninguém, sequer, a havia notado.
Afinal, ela era só mais uma na multidão.
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